Recentemente um acidente fatal que envolvia um Tesla Model S ocorrido no estado da Flórida, nos Estados Unidos, foi noticiado por diversos meios de comunicação especializados. O acidente também fez com se reacendesse as discussões que envolvem a viabilidade dos chamados carros autônomos. O carro estava sendo conduzido por Josha Brown no modo Autopilot. Esse sistema é categorizado como semiautônomo uma vez que ainda necessita do apoio do motorista para realizar determinadas tarefas. Ao cruzar com um caminhão que atravessou a pista o modelo acabou perdendo o controle. A fabricante do carro se pronunciou sobre o acidente dizendo ser muito provável que o sistema tenha confundido o brilho da carroceria do caminhão com o brilho do céu e que por isso pode não ter acionado os freios.
Como não houve nenhuma espécie de reação do motorista, as indicações apontam para o fato de que ele possivelmente não estava atento. Outro ponto importante na discussão é a questão de que o sistema Autopilot ainda se encontra em fase de testes e que por isso mesmo só é ativado se o motorista autorizar. O sistema analisa alguns pontos para entrar e permanecer em funcionamento. Entre eles o motorista precisa permanecer com as mãos no volante de forma que esteja apto para assumir o controle a qualquer instante caso seja necessário. Se o motorista não atender ao que é exigido o Autopilot pode até desacelerar o carro.
Ricardo Takahira (Comissão Técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil) comentou sobre o assunto em um portal de notícias. De acordo com ele, já existem atualmente carros que são completamente autônomos. O problema é que os modelos que estão circulando ainda se enquadram como “pioneiros” para enfrentar o trânsito das rodovias e urbano.
Takahira chama ainda a atenção para o fato de que muitos dos já usados em especial no âmbito agrícola operam dentro de uma área onde não há muitas interferências. Por isso, um dos principais desafios encontrados é justamente a questão de se prever o que ocorrerá. Ou seja, em um ambiente urbano as tecnologias dos carros autônomos ainda deslizam quando o assunto são os imprevistos que podem acontecer.
O acidente que comentamos no início dessa matéria trouxe à superfície outro tema de extrema importância: A eficiência dos sistemas.
Alguns especialistas defendem que ainda não se pode confiar por completo em apenas um recurso oferecido pelo sistema presente nos carros que já estão nas ruas. Por isso ainda é preciso muita atenção e sempre que for possível usar mais de um recurso de forma que se um falhar o outro possa servir como proteção.
Por Denisson Soares
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