Na última segunda-feira, dia 12 do mês de março, um jornal muito influente em todo o país trouxe à tona questões polêmicas envolvendo a gasolina e o etanol. Sendo assim, segundo as informações que foram veiculadas na matéria, é possível haver um aumento de até cerca de 40% de etanol na mistura com a gasolina. No entanto, ao que parece, o problema real consiste basicamente no fato de que esse aumento esbarra em questões econômicas, o que, por consequência, acaba virando motivo de polêmica ente economistas e profissionais que atuam na área.
Para quem não sabe, a gasolina que é vendida no Brasil possui em sua composição 27% de percentual de álcool anidro. Ainda assim, parece que essa quantia ainda não é satisfatória, já que, segundo as notícias que saíram recentemente, o atual presidente da república, Michel Temer, deve assinar um decreto que torna legítimo o aumento do etanol na gasolina em até 40% se comparado com o a quantia atual. Contudo, é válido salientar que esse aumento deve acontecer de forma gradativa, isto é, ao longo dos ano, até 2030.
O objetivo de conseguir aumentar os níveis de etanol tem um motivo muito importante, isto é, reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Em 2015, aconteceu uma Conferência ambiental em Paris, chamada de Rio +20, em que diversos países do mundo participaram e alguns se comprometeram em fazer todo o possível para reduzir as taxas de emissão de gases poluentes que vão para a atmosfera. Desse modo, com o Brasil não é diferente, o próprio presidente Michel Temer esteve no evento e confirmou a aliança que o Brasil fazia com outros países, a fim de reduzir os impactos ambientais, tanto do presente quanto do futuro.
Dessa forma, foi criado um programa que regulamenta e incentiva a utilização de biocombustíveis no país. Sendo assim, ao priorizar o uso do etanol, parece claro que, de forma automática, há uma redução significativa na utilização da gasolina, que é um tipo de combustível derivado do petróleo e dessa forma, emite uma quantidade muito maior de poluentes para a atmosfera.
Esses gases acabam por contribuir para o efeito estufa, isto é, esses gases, na atmosfera, acabam por reter o calor que irradia do Sol. Dessa forma, a temperatura do planeta Terra também acaba por aumentar, causando outro assunto bastante discutido nos dias de hoje que é o aquecimento global.
No entanto, a questão polêmica gira em torno de razões econômicas e não questões ambientais, como já era de se esperar. Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que o aumento na proporção de etanol na mistura com a gasolina, sendo algo que traz inúmeros benefícios para o ambiente e o bem estar social, ao mesmo tempo pode representar uma ameaça ao sistema econômico brasileiro?
Primeiramente, haverá aumento no litro do combustível, isto é, apesar desse aumento ser aparentemente muito pequeno e irrelevante, ao final de um mês é perceptível o impacto que esses poucos centavos podem gerar no orçamento familiar, ainda mais quando se trata do fato de que a maior parte dos brasileiros contam somente com o salário mínimo, cujo valor não condiz com a realidade brasileira.
Mas os problemas ainda vão além, uma vez que o país pode deixar de arrecadar tributos em relação aos derivados do petróleo. Além disso, há riscos de haver uma escassez de etanol nos postos de combustíveis, já que boa parte do álcool é exportada. Dessa forma, percebe-se que no Brasil, as plantações de cana-de-açúcar atuais ainda são insuficientes para suprir toda a demanda necessária, tanto para o consumo interno quanto para as exportações.
Ana Paula Oliveira Coimbra
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