A Fenabrave destacou recentemente um dado que preocupa bastante o mercado de automóveis brasileiro: as vendas de veículos caíram nada menos que 20,29% no mês de julho, se compararmos com o mesmo mês em 2015. Com isso, foram emplacados 181.416 carros, caminhões e ônibus, sendo que o resultado em 2015 foi de 227.606 para o mesmo período.
Além disso, é importante destacar que quando o assunto é o acumulado do ano, janeiro a julho, o resultado é ainda pior: neste caso o recuo é de 24,68% em relação ao mesmo período em 2015. No entanto, considerando apenas a comparação mensal, temos que destacar uma alta de 5,5% sobre junho.
Levando em consideração todos os resultados apresentados nos sete primeiros meses deste ano, a Fenabrave acabou que revisando suas projeções de vendas para 2016. Um destaque negativo é que 2016 apresentou o pior primeiro semestre em 10 anos para o referido setor.
A própria Fenabrave já estava com expectativa pessimista em relação a 2016, haja vista a previsão de queda nos emplacamentos de veículos zero quilômetro pelo quarto ano seguido. A atual previsão da Fenabrave é de uma queda de 16% em relação a 2016. Esse percentual representa pouco mais de 2 milhões de veículos. Um fato interessante é que, quando o país possuía o quarto maior mercado do mundo, no início da década, eram vendidos quase o dobro da atual previsão de queda. Isso mostra os problemas enfrentados pelo setor.
A associação das montadoras, Anfavea, também fez previsões em relação a queda na venda de veículos para 2016. A expectativa desta entidade é ainda mais negativa que aquela apresentada pela Fenabrave: segundo a Anfavea, o mercado brasileiro deve apresentar um recuo de 19% este ano.
Em meio a tais notícias, ainda podemos destacar outros problema deste setor. Um grande exemplo disso foram as 1.226 concessionárias que deixaram de atuar nos últimos 15 meses. Isso significa uma queda de 13% no mercado brasileiro de veículos. Juntamente com tais quedas, cerca de 124 mil vagas de trabalho foram fechadas.
Apesar de todo o cenário negativo, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção, acredita que o pior já passou. Ele destaca as melhoras nos índices de confiança do consumidor. Além disso, após o julgamento final do processo de impeachment a revisão deve ser para melhor, segundo Alarico.
Por Bruno Henrique
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